Muito se questiona sobre a diversidade cultural. Se por meio dos direitos humanos surgiram os conceitos de igualdade de oportunidades, direito à diferença, justiça social e solidariedade e novas concepções jurídico-políticas, filosóficas e sociais de organizações como a Organização das Nações Unidas (ONU), a United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization (UNESCO) - [Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura] (2005), a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e outras, por que hoje em dia a diversidade cultural ainda não é respeitada? Por que pessoas com deficiência, negros, índios, menores e pertencentes à maior idade ainda não são consideradas como possuidoras dos mesmos direitos e deveres dos demais cidadãos e, entre eles, o direito à participação na vida social e à sua conseqüente integração escolar e profissional? Nesse sentido, como ainda não se encontraram respostas suficientemente plausíveis a esses questionamentos entende-se que a propagada tese dos “Direitos Humanos” tornou-se direito exclusivo das consideradas “normais”. Na década de 40, quando o Brasil ainda não havia adotado políticas assistencialistas, os portadores de deficiência, quando conseguiam sobreviverem, eram condenados, jogados a sua própria sorte, obrigados a conviverem com a exclusão social. E, se ainda são, agora, em pleno terceiro milênio, discriminados e excluídos, é por falta de informação, além, especialmente, da falta de respeito à vida. A inclusão de pessoas com deficiências físicas no mercado de trabalho diante do ideal democrático, ao longo da Constituição Federal de 1988 se asseguram os direitos das pessoas portadoras de deficiências. Outros instrumentos legais foram estabelecidos, regulamentando os ditames constitucionais relativos a esse segmento populacional. Todavia, os direitos das pessoas com deficiências físicas são respeitados da mesma forma que os dos demais cidadãos? Não, o preconceito toma a frente de todas as possibilidades de todas as considerações de todos os “direitos” como, por exemplo, direito ao trabalho, à vida social, à cultura etc. Cabe aqui uma observação de Malagodi e Cesnik quando citam um comentário do então Ministro da Cultura Gilberto Gil, no prefácio do livro “Projetos Culturais”: Cultura como a dimensão simbólica da existência social brasileira. Como usina e conjunto de signos de cada comunidade e de toda a nação. Como eixo construtor de nossas identidades, construções continuadas que resultam dos encontros entre as múltiplas representações do sentir, do pensar e do fazer brasileiros e a diversidade cultural planetária. Como espaço de realização da cidadania e de superação da exclusão social, seja pelo esforço da auto-estima e do sentimento de pertencimento, seja, também, por conta das potencialidades inscritas no universo das manifestações artístico-culturais com suas múltiplas possibilidades de inclusão socioeconômica. Também como fato econômico, capaz de atrair divisas para o país, gerar empregos e renda. Observa-se que não, porém, “no papel” não se lê que é preciso respeitar a diferença do deficiente? Atualmente, a política Nacional para integração de pessoas portadoras de deficiências no mercado de trabalho e na sociedade em geral é disciplinada por leis, decretos, que compreende um conjunto de orientações normativas que objetivam assegurar o pleno exercício dos direitos individuais e sociais das pessoas portadoras de deficiência. Bem se a situação é essa em relação às pessoas com deficiências físicas, estipulou-se como problema de pesquisa a seguinte questão: Por que o deficiente mental é excluído na/da sociedade brasileira? Como hipótese se investigou três variáveis:
a) a diversidade cultural tem como reflexo a exclusão. Os “diferentes” não podem se misturar com as demais pessoas consideradas “normais”;
b) os direitos humanos são limitados apenas às pessoas consideradas normais;
c) o “amor verdadeiro”, constituído de respeito, responsabilidade e solidariedade pode romper barreiras que à priori parecem intransponíveis. Essa é a receita única da inclusão.
A diversidade cultural engloba as diferenças culturais que existem entre as pessoas, como a linguagem, vestimenta e tradições, forma como sociedades organizam-se, a sua concepção da moral e da religião, a forma como eles interagem com o ambiente, etc. Assim a diversidade cultural é “[...] em um certo sentido, o próprio reflexo da necessidade abrangente da múltipla diversidade de vidas na Natureza, a fim de que essa possa como um todo renovar e sobreviver”. Esse modelo e seus pressupostos há tempo vêm sendo discutidos nessa era de constantes mudanças, principalmente as referentes a novas tecnológicas e aos movimentos sociais. Estes últimos vêm evidenciando os limites e fragilidades do projeto político de cidadania, através das lutas e denúncias de desigualdade e exclusão. Nesse processo, colocam em cena a questão as denominadas “minorias” (mulheres, negros, deficientes, idosos etc.) e o debate sobre a diversidade, através do respeito às diferenças. Nesse sentido, cita-se Rodrigues (: Onde tem preconceito, tem despotismo, prepotência, tirania, repressão e perseguição. Homens e Mulheres ao longo da história e em todo mundo defenderam seus direitos à diferença, conseguiram isso, não apenas pelos meios políticos tradicionais, mas pelas formas culturais de resistência. O preconceito faz parte da natureza humana, desde o início dos tempos. O homem desconfia e tem medo de tudo o que é diferente dele mesmo. O “outro” inspira receio, temor, insegurança; daí para adotar atitudes defensivas e de ataque é um passo. Esses sentimentos eram importantes no tempo das cavernas, quando os homens eram poucos e lutavam bravamente para sobreviver em um ambiente hostil. Infelizmente, persistem até hoje, nas lutas entre católicos e protestantes, árabes e judeus, muçulmanos e cristãos, brancos e negros. Assim, diferentes ritmos, comportamentos, experiências, trajetórias pessoais, contextos familiares, valores e níveis de conhecimento de cada indivíduo poderão imprimir ao cotidiano a possibilidade de troca de repertórios, de visão de mundo, bem como os confrontos e a ajuda mútua, e a conseqüente ampliação das capacidades individuais.
Um Exemplo: O filme: I Am Sam (Uma Lição De Amor)
O filme em pauta dirigido por Jessie Nelson, (EUA/2001) com duração de 132m., estrelado por Sena Penn (Sam Dawson), Dakota Fanning (Lucy), Michelle Pjeiffer (Rita Harrison) e Laura Dern (Randy), trata-se da história de um homem com problemas de desenvolvimento mental - sua inteligência é comparada a de uma criança de 7 anos - o que não diminui sua individualidade ou sua humanidade - que trava uma disputa ferrenha com a sociedade e a “justiça” de seu país para não perder a guarda de sua filha. Ambos, pai e filha, foram abandonados pela mãe - uma homeless (sem-teto) quando do nascimento da filha. Sam conseguia trabalhava em uma cafeteria pertencente à rede Starbucks e criara sua filha, até então, com a ajuda de uma vizinha (Dianne Wiest) Annie (uma pianista agorafóbica - ansiedade associada com a Síndrome do Pânico), e amigos Ifty (Doug Hutchison), Robert (Stanley DeSantis), Brad (Brad Silverman) e Joe (Joseph Rosenberg), que embora, também, deficientes são portadores de alma nobre e generosa. Todos propiciaram à menina uma infância repleta de amor e alegria. Cabe ressaltar que as cenas do pai com seus amigos são interessantes, divertidas até, proporcionando um “tempero” ao melodrama. Destaca-se também a trilha sonora do filme: canções dos Beetles - o nome da menina (Lucy) foi inspirado na música 'Lucy In The Sky With Diamonds'. O problema começa quando a menina atinge seus 7 anos e todos percebem que sua evolução natural já começa a transpor, intelectualmente a seu pai, que chega ao limite de sua contribuição no tocante ao desenvolvimento da menina que certamente teria que enfrentar problemas discriminatórios na escola, por exemplo. Além de que poderia querer “deixar de crescer” só para não entra em conflito com a mentalidade do pai. Isso faria que o desenvolvimento emocional e intelectual da menina deixasse de amadurecer. Quem percebeu de imediato o fato foi uma assistente social - Margaret (Loretta Devine) -, que defende a idéia de que a menina deveria ser adotada por uma família “normal”, como ela. Pelas leis pertinentes esse seria o procedimento de praxe, e o expectador nesse momento entende que tudo decidido, o país perderia a guarda da filha, pois seria impossível ganhar a causa. Porém o pai toma uma decisão irredutível: vai lutar pela guarda da menina, não deixaria que nada interrompesse a forte ligação entre pai e filho existente entre eles. Mas ele não lutaria sozinho, procura nas listas amarela um escritório de advocacia e consegue ajuda de uma advogada competente e orgulhosa que faria uma defesa pro bono - para o bem, e decidiu que não perderia esse desafio, mesmo trabalhando gratuitamente. Assim, diante de um pai obstinado e compulsivo uma advogada possessiva e disposta a tudo pelo sucesso o espectador percebe que briga seria boa. Isso, também porque essa advogada está lutando por uma posição consolidada no universo advocatício sacrificando a convivência de seu filho que no momento está bem longe dela, os dois tem problemas na relação “mãe e filho”. Uma mulher de coração endurecido, mas que o amoleceria com o decorrer da causa a defender enfrentando o promotor “Turner” no Tribunal. Por tudo isso, Sam a enxerga como uma verdadeira heroína. Enquanto durou processo judicial, Lucy ficou sob cuidados de Randy, uma mãe substituta. Todavia Sam não fica longe, muda-se para bem perto da casa de Randy e a orienta como cuidar de sua filha como, por exemplo, fazê-la dormir. A mulher percebendo que não pode substituir o carinho do pai decide acatar as recomendações. Esse pai ganha “em termos” a batalha por meio do amor incondicional que sente pela filha e mesmo tendo que conviver com a mãe adotiva que arrumaram para sua filha poderia estar sempre junto das duas. A história e emocionante, as pessoas ficam tocadas e passam a refletir sobre amor ao próximo, independente das diferenças, e em direitos humanos (reais). O amor venceu o Direito: uma lição de amor por meio da união, diálogo e compreensão. Enfim, uma história que proporciona esperança de que o ser humano pode realmente sob reais valores da vida, a prova disso é que parte da renda obtida com a venda do CD da trilha sonora do filme foi doada à L.A. Goal, uma Organização Não Governamental (ONG) que atende adultos com deficiências, que serviu de “laboratório” para o elenco e equipe técnica do filme.
*Curiosidades
*É comemorado no dia 5 de novembro o Dia Nacional da Cultura.
* É preciso ter algum cuidado quando se vai viajar para outros países! Devemos conhecer um pouco da cultura do país de destino para evitar problemas e algumas situações constrangedoras.
Aqui estão algumas dicas de comportamento em diversos lugares do mundo:
- · Na Arábia Saudita, arrotar após as refeições é um sinal de boa educação e de que você ficou satisfeito.
- Palitar os dentes após as refeições na Itália significa que gostou da comida. Mas na França e em muitos outros países é um ato de extrema indelicadeza;
- Se viajar para o Egipto, deixe sempre um pouco de comida no prato durante as refeições, mesmo que esteje com muita fome. Isso simboliza abundância, fartura e elogio ao anfitrião
- Grande parte dos indianos e marroquinos têm o hábito de comer com as mãos.
- Na Bélgica, come-se com o garfo na mão esquerda, mesmo quem não é canhoto. Já em países árabes, a mão esquerda é considerada impura pois é destinada a higiene pessoal. Portanto, não receba ou ofereça documentos e cartões de visita com esta mão;
- Na Europa é um hábito comum dividir a mesa com estranhos;
- A culinária na Mongólia é exótica, mas não se assuste: um exemplo é a carne de camelo cozida.
- Na Finlândia, rena ensopada ou frita são pratos comuns. Larvas, abelhas e grilos fritos são aperitivos na Tailândia. Já em Taiwan e Hong Kong, um dos pratos principais é a cobra frita. Um prato de sopa de cachorro na Coreia do Sul é considerado energético;
- No Paquistão, homens e mulheres comem separadamente; No Oriente Médio é proibido pelo Corão (livro sagrado), mulheres guiando automóveis. Também nunca mostre a sola dos sapatos ao cruzar as pernas, estará assim, insultando o seu anfitrião pois a sola é a parte mais baixa do corpo, portanto a mais suja. Por lá, é comum encontrar homens andando de mãos dadas como sinal de amizade e respeito entre eles;
- Em muitos países da Ásia e Oriente Médio, ao visitar os templos religiosos, deve-se vestir roupas com mangas e compridas e em alguns tirar os sapatos. Sendo proibido tirar fotos no seu interior e tocar nas imagens e nas estátuas;
- Na China, actos de assoar o nariz na rua ou cuspir são sinais de higiene, significa que está tirando algo sujo de dentro do corpo. E deixar de beber todo o conteúdo do cálice num brinde é sinal de grave ofensa; Nunca recuse um cálice de vodka na Rússia, ou qualquer tipo de bebida na Irlanda. Isso é imperdoável, considerado um gesto rude; Nos Estados Unidos, no Japão e em vários países da Europa, dar “palmadinhas” nas costas durante um cumprimento é falta de educação. Um aperto de mãos já é suficiente;
- Mostrar a língua a outras pessoas, em algumas tribos do Tibete, é um ato de cumprimento;
- Na Índia, encarar as pessoas nas ruas, é considerado uma forma de humilhação. Por lá, a vaca é um animal sagrado, o trânsito é sempre desviado caso uma delas resolva deitar-se na rua
- Na Coreia do Sul, nunca converse com as mãos nos bolsos ou para trás. Isso é considerado um acto indelicado; Nunca presenteie um japonês com relógios, eles simbolizam a morte. Também nunca coloque um cartão de visitas, que acabou de receber, no bolso ou escreva sobre ele, isso é sinal de indelicadeza. Portanto ao recebê-lo, segure-o na mão;
- Casais não devem se beijar em público, na Indonésia.
*Vídeo
*Links Relacionados
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